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O que chamamos arte não mais nos demanda contemplação, mas sim reflexão sobre o sentido da palavra “arte”. Ou seja, o valor “arte” deserta o objeto para se ancorar no discurso de um indivíduo que se declara artista e que declara algo, uma ação, uma instrução, um ritual — não importa — como “arte”. Nesse momento, importam menos as qualidades intrínsecas (linhas, planos, luminosidade, textura etc.) desse objeto do que reconstituir um questionamento que nos convida à reflexão. [...] o artista não pode mais ser reconhecido por suas habilidades técnicas, mas sim porque se instala no centro de uma rede de discursos, ele mesmo assumindo o discurso sobre sua obra/fazer.
(Luzia Gontijo Rodrigues. “A arte para além da estética: arte contemporânea e o discurso dos artistas”. Artefilosofia, 2008.)
Considerando o objeto referido no excerto, a mudança na concepção de arte, mencionada pela autora, corresponde
ao status artístico definido por museus e galerias.
à submissão da arte a fins políticos e teológicos.
à importância do processo manual no modo de fazer artesanal.
à qualidade dos materiais utilizados na confecção da obra.
ao conceito elaborado pelo artista sobre sua produção.
A autora do texto coloca em pauta a transformação que a arte contemporânea provocou na relação entre o artista e sua obra. Essa nova concepção sobre o papel do artista revela que a questão do discurso, assim como o contexto da produção do artista, tornam-se mais significativos do que a obra em si, sendo essa uma nova face da produção artística na atualidade.
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