Fique por dentro das novidades
Inscreva-se em nossa newsletter para receber atualizações sobre novas resoluções, dicas de estudo e informações que vão fazer a diferença na sua preparação!
Para responder às questões de 09 a 11, leia um trecho do Manifesto da Poesia Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, publicado há exatos 100 anos, em 1924.
A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos.
O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança. [...]
A nunca exportação de poesia. A poesia anda oculta nos cipós maliciosos da sabedoria. Nas lianas¹ da saudade universitária. [...]
A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos. [...]
A reação contra o assunto invasor, diverso da finalidade. A peça de tese era um arranjo monstruoso. O romance de ideias, uma mistura. O quadro histórico, uma aberração. A escultura eloquente, um pavor sem sentido.
(Gilberto Mendonça Teles (org.). Vanguarda europeia e modernismo brasileiro, 1992.)
1 liana: cipó.
Emprega-se vírgula para assinalar a supressão de um verbo no seguinte trecho:
“A língua sem arcaísmos, sem erudição.” (4º parágrafo)
“O quadro histórico, uma aberração.” (5º parágrafo)
“Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos.” (1º parágrafo)
“O vatapá, o ouro e a dança.” (2º parágrafo)
“A reação contra o assunto invasor, diverso da finalidade.” (5º parágrafo)
Na frase “O quadro histórico, uma aberração”, a vírgula assinala a supressão do verbo “era”.
Inscreva-se em nossa newsletter para receber atualizações sobre novas resoluções, dicas de estudo e informações que vão fazer a diferença na sua preparação!