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O primeiro grande modelo de teoria psicológica da linguagem que temos na modernidade é o Livro III do Ensaio acerca do entendimento humano, de John Locke. Pela primeira vez na modernidade, temos um livro inteiro dedicado ao processo de significação linguística. O argumento lockeano é: a necessidade que temos de entrar em acordo, de nos entendermos, leva à necessidade de criarem-se signos sensíveis capazes de comunicar nossos pensamentos, nossas ideias. Se fôssemos dotados de alguma faculdade que possibilitasse o acesso direto e imediato às ideias nas mentes de outros homens, não seria necessária a linguagem.
(Lúcio Lourenço Prado. Filosofia da linguagem, 2012. Adaptado.)
O argumento lockeano mencionado tem implicações no âmbito
crítico, visto que examina os limites do senso comum.
epistêmico, uma vez que defende a impossibilidade de evidência científica.
religioso, dado que estabelece um caminho para acessar o divino.
metafísico, pois considera um novo elemento para a compreensão do ser.
político, já que torna possível o pacto social civilizatório.
O texto de Locke apresenta a importância da linguagem para a comunicação e, por conseguinte, para o estabelecimento dos laços sociais entre os indivíduos que compõem uma sociedade. Assim, em sua perspectiva contratualista, a linguagem clara e objetiva é fundamental para o entendimento entre os indivíduos e, desse modo, torna-se um meio imprescindível para se realizar acordos e estabelecer pactos sociais. Portanto, para o filósofo inglês, a linguagem é um fundamento relevante para a construção do contrato social em sua dimensão política e, consequentemente, civilizatória.
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