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Descolonização e revolução transformaram de modo impressionante o mapa político do globo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O número de Estados internacionalmente reconhecidos como independentes na Ásia quintuplicou. Na África, onde havia um em 1939, agora era cerca de cinquenta.
(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 337)
Entre os fatores que contribuíram para o processo histórico descrito no excerto, encontra-se
a Grande Depressão, que enfraqueceu as economias capitalistas das metrópoles europeias, dificultando o controle sobre as suas colônias.
o Tratado de Versalhes, que debilitou politicamente e economicamente as potências coloniais.
o movimento de independência das Treze Colônias, que serviu como modelo para as lutas emancipacionistas na Ásia e na África.
o apoio dos governos estadunidense e soviético, que defendiam a autodeterminação dos territórios asiático e africano para obter novas áreas de influência.
a expansão do nazifascismo na Ásia e na África, que deprimiu o poder das democracias liberais nesses continentes.
Após a Segunda Guerra Mundial, os territórios coloniais europeus nos continentes africano e asiático tornaram-se áreas de extremo interesse para os EUA e a URSS, as duas superpotências da ordem bipolar da Guerra Fria. Representantes dos sistemas capitalista e socialista, respectivamente, e diante da incapacidade de uma guerra declarada em decorrência de seus arsenais nucleares, ambos os países adotaram a utilização de conflitos indiretos como meio de ampliação de suas áreas de influência. Dentro desse contexto, EUA e URSS passaram a apoiar os movimentos de independência das colônias europeias nos continentes africano e asiático, utilizando o discurso do apoio à autodeterminação dos povos como uma justificativa para a ampliação de suas áreas de influência a partir dos processos de independência.
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