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Aos poetas modernistas interessava muito o que chamavam de “momento poético”, isto é, a notação de um breve instante emocional ou de um aspecto do cotidiano. Em suma, interessava o registro de uma experiência sensível. Essa característica revela-se, por exemplo, nestes versos de Manuel Bandeira:
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais / Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Assim eu quereria o meu último poema / Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Bebi o café que eu mesmo preparei / Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando
Se fosse dor tudo na vida / Seria a morte o grande bem
És na minha vida como um luminoso / Poema que se lê comovidamente
Dos vários trechos transcritos nas alternativas, apenas os versos da alternativa C (“Bebi o café que eu mesmo preparei / Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando”) atendem ao comando da questão: indicar o trecho em que se percebe a vocação modernista para fazer o registro da circunstância cotidiana. Nessa passagem, percebe-se, justamente, a busca do poético na descrição dos gestos do dia a dia, como o preparo do café. Além disso, a ausência de elementos introspectivos colabora para que o texto se mantenha como anotação do que é vivido no plano material (sensorial / sensível).
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