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O novo governo do Brasil formulou uma política de crescimento elevado através da industrialização substitutiva de importações, especialmente na indústria automobilística, desenvolvida quase que completamente em somente três anos. Ao mesmo tempo, houve grandes projetos governamentais, tais como a construção da cidade de Brasília, também em três anos.
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil: análise da política, comportamento e instituições monetárias, 1981.)
O excerto refere-se a alguns aspectos do projeto desenvolvimentista do governo de Juscelino Kubitschek (1956–1961), que implicou
a política rigorosa de controle e contenção das taxas inflacionárias.
o descompasso entre a urbanização acelerada e a crise na oferta de mão de obra.
o investimento estatal em infraestrutura energética e de transporte.
a defesa do nacionalismo econômico e a restrição à remessa de lucros para o exterior.
o desestímulo à exportação agrícola e o estímulo à produção de gêneros alimentícios.
O excerto trata da política nacional-desenvolvimentista de J.K., que buscou desenvolver o Brasil “50 anos em 5”, articulando ações estatais com grandes obras de infraestrutura (principalmente infraestrutura energética, com hidrelétricas, e de transporte, com rodovias) custeadas mediante financiamento estrangeiro e, ao mesmo tempo, abrindo a economia brasileira ao capital externo de transnacionais, sobretudo indústrias automobilísticas. A construção de Brasília foi o grande símbolo desse projeto de modernização.
O crescimento econômico foi acompanhado do crescimento da inflação, sem rigoroso controle; não houve crise na oferta de mão de obra, tampouco JK expressou o nacionalismo econômico tal como Getúlio Vargas, de 1951-54; este, sim, defensor da restrição à remessa de lucros para o exterior. Por fim, não houve desestímulos à exportação agrícola.
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