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Questão 43 - Prova Geral Medicina - PUC Campinas 2026
Gabarito
Conhecimentos Gerais e Redação
Específica - Medicina
Questão ativa
Já visualizadas
Não visualizadas
Resolução pendente
- ANL
Questão anulada
- S/A
Sem alternativas
No mito, thaumázein é o “maravilhoso”; o efeito de assombro que ele provoca é o sinal da presença nele do sobrenatural. Para os milésios, a estranheza de um fenômeno, em vez de impor o sentimento do divino, propõe-no ao espírito em forma de problema. O insólito não fascina mais, ele mobiliza a inteligência. De silenciosa veneração, a admiração faz-se questionamento. Interrogação.
(Adaptado de: VERNANT, J. P. Mito e pensamento entre os gregos: estudos de psicologia e história. Trad. Haiganuch Sarian. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 481)
Constitui uma característica que marca a passagem do pensamento mítico ao filosófico:
Alternativas
- A
Transição – o assombro é ressignificado: de reverência no mito a questionamento na filosofia.
- B
Ruptura – a filosofia rompe com o mito e adota apenas a lógica.
- C
Continuidade – mito e filosofia mantêm os mesmos princípios de verdade.
- D
Afastamento – o assombro filosófico torna-se medo diante da irracionalidade.
- E
Visão divina – ambos veem o mundo regido por deuses, e o assombro é reverência.
Gabarito:A
Tanto o pensamento mítico quanto o filosófico partem de certo “espanto com o mundo” em busca de respostas para ele. Do ponto de vista histórico, a transição do pensamento mítico para o filosófico se deu mais pela gradual substituição da explicação mitológica (baseada em narrativas divinas e sobrenaturais) do que por uma explicação filosófica (que busca respostas no uso da razão e da observação). A filosofia, assim, surge como uma forma de pensamento que, em vez de se submeter à fé ou à reverência, propõe-se a compreender e explicar o mundo de maneira crítica e lógica. Seguindo, ainda, o texto, o “assombro” gerava admiração, respeito e reverência. No entanto, com o surgimento da atividade filosófica, este mesmo elemento era tratado como desafio intelectual, como gérmen para o questionamento e para busca por explicações racionais.
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