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O Brasil enfrenta novo cenário de violência em instituições de ensino, marcado por uma escalada nos casos de agressões na comunidade escolar e pelos ataques a essas instituições. Dados da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo mostram que, entre 2019 e 2023, o número de ocorrências relacionadas ao sofrimento psíquico de alunos da rede estadual pulou de 117 para 3,1 mil. Outros dados referentes a essa violência são apresentados nos gráficos ao lado:

(Adaptado de QUEIROZ, C. “Violência escolar aumenta nos últimos dez anos no Brasil”. In: Revista Fapesp. n. 350, S. Paulo: abril de 2025. Disponível em https://revistapesquisa.fapesp.br/violencia-escolar-aumenta-nos-ultimos-10-anos-no-brasil/. Acesso em 15/10/2025.)
a) O crescimento de 117 para 3,1 mil casos de sofrimento psíquico nas escolas paulistas, entre 2019 e 2023, aponta para a existência de um problema a ser discutido pela sociedade. Cite e explique dois exemplos de sofrimento psíquico entre estudantes no ambiente escolar.
b) Descreva o que os gráficos informam sobre a violência escolar em três períodos (até 2019, 2020−2021 e depois de 2022). O que aconteceu no Brasil nos mesmos períodos? Em seguida, relacione os processos sociais e políticos à evolução dos números apresentados.
a) O crescimento expressivo dos casos de sofrimento psíquico nas escolas indica problemas estruturais que afetam a saúde mental dos estudantes. Dois exemplos são:
1. Ansiedade e medo constantes: estudantes podem desenvolver ansiedade intensa associada ao uso excessivo de telas, à exposição a estímulos constantes (redes sociais, por exemplo) e ao ambiente escolar, marcado por medo de agressões físicas, verbais ou ataques armados. Esse quadro afeta a concentração, o rendimento escolar e pode gerar evasão ou recusa em frequentar a escola.
2. Depressão e isolamento social: a exposição contínua a violências, bullying e insegurança pode levar a sentimentos de tristeza profunda, desvalorização pessoal e isolamento. Em casos mais graves, esse sofrimento pode resultar em automutilação e ideação suicida.
Esses exemplos mostram que a violência escolar não se limita a danos físicos, mas compromete diretamente o bem-estar emocional e o processo de aprendizagem.
b) Análise dos gráficos e relação com o contexto brasileiro
Até 2019: os gráficos indicam um crescimento gradual e contínuo da violência no ambiente escolar, tanto em atendimentos por agressões quanto em ataques a escolas. Esse aumento reflete tensões sociais acumuladas, desigualdades, falhas nas políticas de prevenção e naturalização da violência no cotidiano.
2020–2021: observa-se uma queda acentuada nos números, especialmente nos ataques. Esse recuo está diretamente relacionado à pandemia de Covid-19, com suspensão das aulas presenciais, isolamento social e redução da circulação de estudantes nas escolas.
Após 2022: há um crescimento abrupto e recorde dos casos, sobretudo de ataques em escolas. Esse aumento pode ser associado ao retorno das atividades presenciais sem políticas suficientes de acolhimento emocional, à intensificação da polarização política, ao aumento de discursos de ódio, à circulação de conteúdos violentos nas redes sociais e ao enfraquecimento de políticas públicas voltadas à saúde mental e à mediação de conflitos.
Os dados revelam que a violência escolar é um fenômeno socialmente construído, sensível a contextos políticos (de polarização, por exemplo), sanitários (pandemia) e culturais. Sua intensificação após 2022 evidencia a necessidade de políticas integradas de educação, saúde mental e segurança pública.
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