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Os italianos imigrados para o interior de São Paulo, entre o final do século XIX e o começo do século XX, não se reconheciam como pertencentes a uma pátria. Nas fazendas de café, os italianos trabalhavam lado a lado com imigrantes de outros países, portugueses, espanhóis – e com ex-escravizados e seus descendentes que permaneceram nas áreas rurais após a libertação.
No Brasil, em vez de calabreses, romanos, napolitanos ou vênetos, eram chamados de italianos. Do outro lado do Atlântico, a unificação italiana ocorreu pouco antes da grande imigração para o Brasil. Até então, a Itália era composta por vários reinos, com sistemas monetários e políticos próprios. O reino do Piemonte-Sardenha, mais rico e industrializado e com interesse em ampliar o mercado e influência, liderou a guerra pela unificação italiana. Apesar de o reino da Itália ter nascido em 1861, o processo só foi concluído após os conflitos que resultaram na anexação de Veneza (1866), Roma (1870) e, bem depois, Trento e Trieste (1918). A resistência de certas partes do território da península em tomar parte do projeto de nação teria postergado a construção do sentimento de italianidade na Itália, enquanto, no Brasil, esse processo teria se iniciado logo nos primeiros anos do século XX.
(Adaptado de QUIEROZ, R. União na distância − De início apegados à cultura de suas regiões de origem, italianos construíram no Brasil a noção de italianidade. Revista Fapesp. Edição 248. Out. 2016.)
A partir da leitura do texto, responda aos itens (a) e (b).
a) Qual é a tese do texto sobre a formação da italianidade no Brasil? Cite dois argumentos usados pela reportagem para sustentar a tese mencionada.
b) Sobre a Unificação Italiana, identifique duas motivações para sua execução e duas resistências a esse processo.
a) O texto defende que o sentimento de “italianidade” se formou mais rapidamente no Brasil do que na própria Itália. Dois argumentos reforçam essa ideia: primeiro, no contexto da imigração, o convívio com outras nacionalidades levou grupos regionais distintos da Península Itálica (calabreses, romanos, venezianos, napolitanos etc) a serem classificados de maneira unificada como “italianos”, favorecendo a construção de uma identidade coletiva inexistente na Itália recém unificada. Segundo, o texto aponta que as resistências internas ao processo de unificação retardaram o surgimento de uma identificação nacional na Itália.
b) Dentre as motivações para a unificação italiana, podem ser citadas: (1) os interesses econômicos e de ampliação de mercado do Reino Sardo-Piemontês, o mais industrializado dentre os Estados italianos naquele momento e (2) a difusão de ideias liberais e nacionalistas do Risorgimento, que defendiam a criação de um Estado italiano unificado, inspirado em princípios de liberdade política, cidadania e identidade nacional comum.
Entre as resistências ao processo de unificação, destacam-se a Igreja Católica, que controlava os Estados Pontifícios e se opôs à incorporação de seus territórios ao Reino da Itália, e potências estrangeiras, especialmente o Império Austríaco, que dominava regiões como a Lombardia e o Vêneto.
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