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Para responder às questões de 09 a 13, leia o soneto da poeta portuguesa Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre (1750-1839), também conhecida como Marquesa de Alorna.
Bem pode sobre o cândido Oriente
Soltar Febo¹ os cabelos douradores,
Que quem vive como eu, vê sempre as flores
Tintas da negra cor do mal que sente.
Para mim não há prado florescente,
Tudo murcham meus ais, meus dissabores,
Nem me tornam cantigas dos Pastores
Jamais serena a pensativa frente².
Se triste vou às danças, triste venho,
E quando a noite estende úmido manto
A segurar o sono, em vão me empenho.
Não toco a flauta, versos já não canto;
Cercada de pesar, mais bem não tenho
Que triste desafogo³ em terno pranto.
(Marquesa de Alorna. Sonetos, 2007.)
¹ Febo: forma poética de se designar o Sol. Ao dizer que “Febo solta sobre o Oriente os cabelos douradores”, o eu lírico refere-se ao nascer do dia.
² frente: face, semblante.
³ desafogo: desabafo.
Depreende-se da primeira estrofe que
a maldade do mundo influencia negativamente o estado de espírito do eu lírico.
a luminosidade do mundo se mostra incapaz de reverter o estado de espírito do eu lírico.
o eu lírico se conforma relutantemente à disposição luminosa do mundo.
a luminosidade do mundo está invariavelmente fadada a desaparecer.
a disposição esperançosa do eu lírico sucumbe às trevas do mundo.
Na primeira estrofe, o eu lírico revela que – mesmo que o sol nasça, traga seu brilho, sua beleza – percebe a realidade por um viés negativo, pessimista, obscuro. Portanto nem o brilho do mundo consegue alterar seu estado de espírito.
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