Questão 12 - Prova Medicina - FMABC 2026

Gabarito

Questão 12

Objetiva
12

Para responder às questões de 09 a 13, leia o soneto da poeta portuguesa Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre (1750-1839), também conhecida como Marquesa de Alorna.

Bem pode sobre o cândido Oriente
Soltar Febo¹ os cabelos douradores,
Que quem vive como eu, vê sempre as flores
Tintas da negra cor do mal que sente.

Para mim não há prado florescente,
Tudo murcham meus ais, meus dissabores,
Nem me tornam cantigas dos Pastores
Jamais serena a pensativa frente².

Se triste vou às danças, triste venho,
E quando a noite estende úmido manto
A segurar o sono, em vão me empenho.

Não toco a flauta, versos já não canto;
Cercada de pesar, mais bem não tenho
Que triste desafogo³ em terno pranto.

(Marquesa de Alorna. Sonetos, 2007.)

¹ Febo: forma poética de se designar o Sol. Ao dizer que “Febo solta sobre o Oriente os cabelos douradores”, o eu lírico refere-se ao nascer do dia.
² frente: face, semblante.
³ desafogo: desabafo.

O único pronome relativo “que” do soneto refere-se a

Alternativas

  1. A

    “eu” (1ª estrofe).

  2. B

    “bem” (4ª estrofe).

  3. C

    “Febo” (1ª estrofe).

  4. D

    “mal” (1ª estrofe).

  5. E

    “desafogo” (4ª estrofe).

Gabarito:
    D

O pronome relativo ocorre no seguinte trecho: "Que quem vive como eu, vê sempre as flores / Tintas da negra cor do mal que sente". Ele retoma o substantivo "mal": quem vive como o eu lírico sente esse mal.

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