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TEXTO II
Os impactos da felicidade fabricada para as redes sociais
O Grupo Consumoteca, liderado pelo antropólogo
Michel Alcoforado, divulgou recentemente os resultados do
estudo “Economia do mal-estar”, no qual avaliou a
metrificação da felicidade na era das redes sociais – e como
5 isso acaba gerando produtos que se oferecem como
soluções rápidas para as angústias às vezes até agravadas
por essa quase obrigatoriedade de estar ou parecer feliz.
Foi realizada uma pesquisa cuja ideia era analisar se existe
felicidade além das redes ou se todos estão realmente
10 presos ao padrão do mundo digital de provar com
audiência, likes e comentários o quanto se é feliz.
Os brasileiros são os mais infelizes entre os países
pesquisados: 58% sentem-se insatisfeitos com sua vida
atual. Além disso, oito em cada dez pessoas dizem ter
15 projetos que não conseguem tirar do papel, 41% acham
que não fazem tudo que poderiam fazer por sua felicidade
e 35% das pessoas se sentem mais negativas quando
acompanham a vida dos outros nas redes sociais.
Segundo Alcoforado, se antes havia um caminho
20 razoavelmente claro para a felicidade – trabalho,
casamento e filhos – hoje, com tudo isso colocado em
questão, vale mais a jornada de busca da plenitude do que
o chegar lá exatamente.
Com tudo isso, analisa o antropólogo, a velha história
25 de “plantar e colher” foi substituída pelo postar, numa
espécie de tirania da positividade, que no fundo deixa a
sensação de as pessoas terem sempre de estar correndo
atrás nesse páreo [...].
(ROCHA, Roseane. Os impactos da felicidade fabricada para as redes sociais. Disponível em: www.meiomensagem.com.br. Acesso em: 04 de março de 2024). Adaptado.
De acordo com o texto II, é possível afirmar que:
viver em constante negação pode alterar a percepção de felicidade e faz com que o indivíduo consiga lidar com os obstáculos da vida.
duas em cada dez pessoas conseguem tornar o que era abstração em realidade. Dessa forma, não existe felicidade além das redes.
a felicidade mostrada nas redes sociais acarreta surgimento de produtos que curam dores existenciais, causadas pela necessidade de mostrar-se sempre feliz.
a felicidade, na era das redes sociais, mostra que o discurso da positividade contradiz a realidade da sociedade atual em que muitos estão infelizes e insatisfeitos com a vida que possuem.
A notícia tematiza o paradoxo das redes sociais, fundamentado no contraste entre a aparente felicidade e bem-estar constantes dos usuários e uma faceta cruel da realidade: pesquisas indicam que 58% dos brasileiros participantes da análise consideram-se infelizes. Com isso, é correto afirmar que o discurso de positividade constante se choca com a vida cotidiana das pessoas, o que acentua o aspecto crítico à felicidade fabricada como produto para as redes sociais.
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