Fique por dentro das novidades
Inscreva-se em nossa newsletter para receber atualizações sobre novas resoluções, dicas de estudo e informações que vão fazer a diferença na sua preparação!
Ao estudar a experiência revolucionária nos EUA de fins do século XVIII, a filósofa Hannah Arendt – na obra Sobre as Revoluções – *afirmou que o fundamental para qualquer compreensão das revoluções na era moderna é a convergência entre a ideia de liberdade e a experiência de um novo início. E, visto que a noção corrente no Mundo Livre é a de que a liberdade, e não a justiça ou a grandeza, constitui o critério supremo para julgar as constituições dos corpos políticos, o grau de nosso preparo para aceitar ou rejeitar tal convergência dependerá não só de nosso entendimento da revolução como também de nossa concepção de liberdade, de origem nitidamente revolucionária.
(*ARENDT, H. Sobre as revoluções. São Paulo: Companhia das letras, 2011.)
Com base no texto e em seus conhecimentos, responda às questões a seguir.
a) O que é fundamental, segundo a autora, na experiência revolucionária moderna? Identifique historicamente a dimensão transatlântica deste preceito na fundação dos EUA em fins do século XVIII.
b) Defina a contradição social da noção de liberdade, noção esta que prevaleceu na cultura política e constitucional na fundação dos EUA. Aponte uma mudança sobre a noção de liberdade levada a cabo na Guerra Civil Americana.
b) A grande contradição da Independência dos Estados Unidos reside no fato de a liberdade conquistada ser seletiva, reservada aos homens brancos. Assim, com a manutenção da escravidão, tem-se um novo país, mas com direitos restritos a um determinado grupo, além de sérias restrições à participação popular por meio do voto censitário. Cerca de 90 anos após a Independência dos EUA, explode um conflito entre os estados do Norte e os do Sul: a Guerra de Secessão. O resultado desse conflito levou à vitória dos estados do Norte e à assinatura da 13ª Emenda à Constituição dos EUA, que decretava o fim da escravidão em todo o território norte-americano. Entretanto, embora a liberdade tenha sido decretada, muitos estados recusaram-se a estender à população negra os direitos vinculados à cidadania, como a questão do voto, por exemplo, relegando à população negra dos EUA um histórico de preconceito, segregação e violência.
Inscreva-se em nossa newsletter para receber atualizações sobre novas resoluções, dicas de estudo e informações que vão fazer a diferença na sua preparação!