Fique por dentro das novidades
Inscreva-se em nossa newsletter para receber atualizações sobre novas resoluções, dicas de estudo e informações que vão fazer a diferença na sua preparação!
Na década de 1970 foi cunhada essa frase em Belém do Pará: “A ocupação da Amazônia seguirá as patas do boi”. [...] Era esse o modelo de desenvolvimento daquela época e daquela lógica da ditadura militar, em que a Amazônia era ameaçada, a soberania territorial era ameaçada. O general Médici tem aquelas famosas frases da inauguração da Transamazônica, em 1970, “terras sem homens para homens sem terra”, quer dizer, não existia ninguém na Amazônia, povos indígenas não existiam, e “integrar para não entregar”.
(Carlos Nobre. “Vamos pensar a Amazônia, vamos dar uma chance para Maísa”. In: Maria Arminda do Nascimento Arruda et al (org.). Dilemas do Brasil, 2023.)
Segundo o excerto, a política do regime militar para a Amazônia, nos anos 1970,
integrou as populações tradicionais ribeirinhas ao projeto nacional de exploração das áreas florestais.
facilitou o surgimento, na região, de movimentos sociais de crítica à concentração fundiária.
inaugurou, na região, um novo modelo de desenvolvimento agrícola ecologicamente sustentável.
representou um modelo de ocupação das terras que desconsiderava a presença de povos nativos na região.
proporcionou a efetiva assimilação das tradições indígenas ao conjunto da produção cultural brasileira.
Durante o Regime Militar Brasileiro, a partir de 1964, e no que diz respeito ao projeto político e econômico voltado para a região amazônica, o governo do país elaborou projetos de desenvolvimento e integração da região com o restante do território nacional. Nesse momento, obras como a Rodovia Transamazônica (BR-230) e projetos como a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) buscavam o fim do isolamento da região norte e o progresso capitalista do território.
O texto da questão evidencia que esse movimento desconsiderava as populações indígenas locais e declarava a região como uma região vazia, não levando em conta a preservação das populações originárias, da floresta amazônica e do legado cultural dos povos que ali viviam.
Com a Constituição de 1988, a atual Constituição brasileira, a relação do Estado para com os povos originários se alterou e hoje permeia, segundo a lei brasileira, a ideia de preservação da região, demarcação das terras indígenas e reconhecimento e garantia da sobrevivência cultural e material das sociedades que ali habitam.
Inscreva-se em nossa newsletter para receber atualizações sobre novas resoluções, dicas de estudo e informações que vão fazer a diferença na sua preparação!