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Leia o excerto para responder às questões 22 e 23.
A Itália não era, na época do Renascimento, uma nação, mas uma nação de nações. Uma nação de nações que, na segunda metade do quattrocento, vivenciou uma espécie de pioneiro equilíbrio de poder entre os principais Estados. Pois, dentre todos eles, não havia, na Península Itálica da época do Renascimento, nenhum Estado que pudesse levar a cabo um processo de unificação política. Não havia nenhum com uma formação social, semelhante àquela que existia nos outros países da Europa e que permitiu o aparecimento de uma monarquia absoluta, de um Estado resultante de uma articulação entre nobreza fundiária e monarquia dinástica, cuja autoridade agia no ápice da pirâmide de poder, mas não na base, na estrutura dos direitos senhoriais.
(Modesto Florenzano. Lições de história moderna (séculos XV a XX), 2021. Adaptado.)
O excerto entende a formação dos Estados absolutistas da Idade Moderna como o resultado
da aliança da burguesia mercantil com membros das famílias reais.
da abolição integral das relações socioeconômicas do sistema feudal.
da sobreposição de uma instância decisória sobre os poderes locais.
do processo crescente de democratização das sociedades europeias.
do controle gradual das deliberações políticas pelos senhores feudais.
Ainda que exista uma série de diferentes interpretações, ainda em debate, sobre como se dá a formação dos Estados modernos absolutistas, o excerto deixa claro que a perspectiva do autor sobre o fenômeno é que ele é “resultante de uma articulação entre nobreza fundiária e monarquia dinástica”. Ou seja, as monarquias, em troca de apoio para a centralização política do poder, aliaram-se às nobrezas locais ao garantir a manutenção de seus privilégios feudais. A burguesia, por sua vez, enriquecida pelo mercantilismo, vai se tornar responsável pelo pagamento da maior carga tributária e, consequentemente, financiar, ainda que indiretamente, tais privilégios. Por isso, é possível afirmar que o excerto entende a formação dos Estados absolutistas da Idade Moderna como o resultado da sobreposição de uma instância decisória (monarquias) sobre os poderes locais (nobreza).
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