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A aplicação dos princípios formulados pela Doutrina Monroe em 1823, que vedavam o continente à conquista europeia, impunha também responsabilidades, segundo o presidente Theodore Roosevelt (1901-1909). Assim, os Estados Unidos tinham a tarefa de zelar pela ordem e pela paz na América por meio de uma ação de polícia internacional. Na mensagem de 6 dezembro de 1904 ao Congresso do seu país, o presidente estadunidense conciliou monroísmo com intervencionismo.
(Amado Luiz Cervo e Clodoaldo Bueno. História da política externa do Brasil, 2002. Adaptado.)
A interpretação da Doutrina Monroe proposta pelo presidente Theodore Roosevelt no início do século XX, e mencionada no excerto,
sustentava o direito de posse dos colonos brancos estadunidenses sobre as regiões povoadas por indígenas no oeste do país.
consistia na oposição do governo dos Estados Unidos a uma eventual intervenção da Santa Aliança no continente americano.
elaborava os postulados da preponderância político-militar dos Estados Unidos sobre a América Latina.
iniciava a política de ajuda econômica dos Estados Unidos às economias subdesenvolvidas da América Latina.
reservava os mercados latino-americanos para a aplicação de capitais estadunidenses excedentes.
A chamada “Doutrina Monroe” deriva de um discurso sobre o estado da união (“state of the union”), do presidente James Monroe, que governou os Estados Unidos da América entre os anos de 1817 e 1825. No discurso em questão, o presidente afirma: “(...) em se tratando de governos que declararam sua independência e a mantêm, e cuja independência reconhecemos com grande consideração e baseados em princípios justos, não poderíamos deixar de ver qualquer intervenção, com o propósito de oprimi-los ou de controlar-lhes de outro modo o destino, levada a cabo por uma potência europeia, em outra luz que não a manifestação de uma disposição inamistosa para os EUA”. A partir da interpretação desse excerto, criou-se a popular ideia de que os Estados Unidos, no intuito de colaborar com as independências do continente americano em relação à Europa, defenderia uma “América para os americanos” (frase que não está presente no discurso). A ambiguidade da palavra “americanos”, podendo se referir tanto aos habitantes do continente como um todo quanto aos estadunidenses, favoreceu a premissa de que, desde o início do século XIX, os Estados Unidos possuiriam um projeto imperialista para com o continente americano.
Na virada do século XIX para o século XX, durante a presidência de Theodore Roosevelt, há uma tentativa de resgatar a noção de uma “Doutrina Monroe”, a fim de reforçar o assim chamado “Corolário Roosevelt”, de 1904, que deu origem à “Política do Grande Porrete” (“Big Stick”). Em discurso, Theodore Roosevelt proclamou: “Malfeitorias crônicas, ou a impotência que resulta num afrouxamento geral dos laços da sociedade civilizada, podem, na América como alhures, exigir finalmente a intervenção de uma sociedade civilizada. Enquanto assim obedecerem às leis fundamentais da sociedade civilizada, poderão descansar sossegados de que serão tratados por nós com um espírito de cordial e prestimosa simpatia”. Estabelecendo que, em sua perspectiva política, a atuação dos Estados Unidos (a quem ele se refere como “sociedade civilizada”) deve ser de imposição político-militar sobre os países do continente americano que não se submeterem à ordem estadunidense.
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