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“Assim como os Maias, os demais povos da Mesoamérica também cultivavam o cacau com duas finalidades; a primeira e provavelmente mais antiga, era produzir uma bebida tônica e refrescante, dissolvendo em água as amêndoas torradas e moídas e adicionando-lhes diversas especiarias, inclusive pimenta; a segunda, que iria encher de surpresa os europeus, era produzir as próprias amêndoas, uma vez que elas, como veremos a seguir, eram a moeda corrente na região. Não havia qualquer contradição entre esses valores de uso e de troca, pois o cacau-bebida era consumido exclusivamente pelas elites (nobres, guerreiros e ricos comerciantes). Um dos principais objetivos da expansão imperial dos Astecas na direção sudeste, durante o século XV, havia sido o de controlar as regiões produtoras de cacau no istmo de Tehuantepec e no litoral sul da Guatemala.”
PORRO, Antonio. Cacau e chocolate: dos hieroglifos maias à cozinha ocidental. Anais do Museu Paulista. v. 5. Jan/Dez 1997. p.281.
Segundo o excerto,
a) de que modo o cacau era consumido pelos povos mesoamericanos antes da chegada dos europeus à América?
b) cite os dois usos do cacau mencionados no texto.
c) explique o papel do cacau como fator de distinção social e como motivação para o expansionismo territorial asteca.
a. De acordo com o texto, o cacau era consumido pelos povos nativos da Mesoamérica como uma bebida forte e refrescante, preparada a partir da mistura com outras especiarias e dissolvida em água.
b. As duas formas de utilização do cacau no contexto citado são: bebida energética e moeda de troca, por meio das próprias amêndoas.
c. O cacau era consumido apenas pelos grupos de elite, destacando-se, assim, como símbolo hierarquizante. Dessa forma, controlar as regiões produtoras de cacau tornou-se uma forma de expansão e imperialismo dos astecas, aumentando seu poderio territorial e econômico na Mesoamérica.
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