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Dissertativas 2 - Dia 2 - Fuvest 2025
Gabarito
A rodovia Rio-Santos, trecho da BR-101, foi construída ao longo da região litorânea paulista e sul-fluminense como parte de um projeto nacional vigente e imposto naquele período. Desde então, uma série de empreendimentos foram instalados, como a Usina Nuclear de Angra dos Reis (RJ) e o Porto e Terminal Almirante Barroso da Petrobrás (SP). O discurso de que a Rio-Santos estaria favorecendo uma região praticamente desabitada também está presente nas publicações oficiais do Ministério dos Transportes. Na Biblioteca Nacional, é possível ter acesso a uma publicação, elaborada em 1973 na Escola Superior de Guerra, que caracteriza a Rio-Santos como rodovia com aspectos pioneiros de colonização.
FONTANELLI, Marina de Mello. Revista Tempos Históricos, vol. 22, 2018 (Adaptado).
Localização de comunidades Quilombolas em Ubatuba (SP), Paraty, Angra dos Reis e Rio de Janeiro (RJ).
Disponível em https://censo2022.ibge.gov.br/ (Adaptado).
Relacione o excerto e o mapa para responder:
a) Cite um aspecto econômico atrativo no eixo considerado.
b) Explique um impacto cultural negativo da construção da rodovia.
c) Aponte e explique um aspecto do contexto histórico no qual ocorreu a construção da rodovia em questão.
Resolução:
a. A construção da rodovia Rio-Santos teve como aspectos econômicos atrativos a interligação entre as regiões e a exploração turística do litoral.
b. A construção da rodovia no eixo citado causou impactos na cultura caiçara dos municípios litorâneos entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e em outras comunidades, como quilombolas e indígenas. Conforme indicado no excerto, o governo não considerava as necessidades dessas comunidades e negava a permanência dessas populações nessas áreas.
c. De acordo com o excerto apresentado, a construção da rodovia (1969-1971) do eixo Rio-Santos se deu no período de governos militares (1964-1985), os quais tinham como projeto governamental a integração do território, com a construção de grandes obras de infraestrutura, principalmente de rodovias e, futuramente, de empresas nacionais/estatais, como as citadas (Petrobras e Usina Nuclear de Angra dos Reis), por meio de empréstimos internacionais.
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