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Da moenda para a célula a combustível: caldo de cana é usado para produzir energia elétrica
“Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), órgão associado à USP, testaram o uso de caldo de cana para gerar energia elétrica em células a combustível. O processo dispensa a transformação do caldo in natura em etanol, feita nas usinas de álcool, impedindo a formação de resíduos nocivos ao meio ambiente. Após o êxito dos experimentos em laboratório, os cientistas vão desenvolver a aplicação da técnica em escala industrial.
‘A célula a combustível tem o mesmo princípio de funcionamento de uma pilha. A diferença é que o combustível serve como reagente para ser consumido e gerar eletricidade’, explica o pesquisador do Ipen, Almir Oliveira Neto, que coordenou a pesquisa. ‘No dispositivo que foi desenvolvido na pesquisa, a oxidação do caldo de cana acontece no ânodo e a redução de oxigênio no cátodo. O objetivo do experimento era obter energia da biomassa com o mínimo impacto ambiental possível. Para isso, utilizou-se o caldo de cana em uma célula a combustível para gerar energia elétrica’, diz o pesquisador. ‘O uso do caldo de cana direto evita a formação de vinhaça, um resíduo ambientalmente perigoso decorrente da produção de etanol, contribuindo, assim, para a preservação do meio ambiente’.”
Disponível em https://jornal.usp.br/ciencias/ (Adaptado).
Ao empregar o pronome se em “utilizou-se o caldo de cana em uma célula a combustível para gerar energia elétrica”, o pesquisador
indetermina o sujeito, tentando mostrar que desconhece a real autoria do experimento.
valoriza o objeto “caldo de cana”, enfatizando a importância desse produto para o experimento.
chama a atenção para o verbo transitivo “utilizar”, valorizando a importância de se experimentar diretamente o caldo de cana.
faz uso da voz passiva, construção em que “caldo de cana” atua como sujeito, deixando de haver menção a quem realizou o experimento.
escolhe uma construção reflexiva em que “caldo de cana” é, ao mesmo tempo, o agente e o objeto do experimento realizado.
Por ser transitivo direto, o verbo “utilizar” está acompanhado de uma partícula apassivadora, construindo, portanto, uma voz passiva sintética em que a expressão “o caldo de cana” exerce a função de sujeito paciente: “o caldo de cana foi utilizado em uma célula a combustível para gerar energia elétrica”.
Como não há a presença do agente da passiva, não é possível identificar aquele que realiza a ação do experimento.
Poliedro Resolve - Fuvest 2025 1ª Fase - Questão 8 História
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