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Em “Sonhos para adiar o fim do mundo”, o pensador Ailton Krenak conta-nos que um pajé Xavante sonhou que a terra ficaria desolada diante da ação predatória dos homens brancos. Escreve Krenak no livro:
“Foi ali que eu atinei que tinha algo na perspectiva dos povos indígenas, em nosso jeito de observar e pensar, que poderia abrir uma fresta de entendimento nesse entorno que é o mundo do conhecimento. Naquele tempo eu comecei a visitar as florestas (...) e, por todos os lados, os pajés diziam: ‘vocês precisam tomar cuidado porque o mundo dos brancos está invadindo a nossa existência.’ Invadindo.”.
(KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, p. 35-36, 2020.)
No trecho, as preocupações dos pajés evocam
o trauma de variados povos indígenas das florestas, decorrente das frestas de entendimento sobre o passado colonial extrativista.
a adoção da diversidade de perspectivas, embora os homens brancos reconheçam a falibilidade do sistema de dominação presente.
a diferença de perspectivas na relação homem-natureza, com a valorização da busca de um conhecimento não predatório.
a resistência indígena a partir do sonho de que os homens brancos deixem de ameaçar a existência dos povos originários.
O trecho mencionado faz parte do texto Sonhos para adiar o fim do mundo, pertencente à obra A vida não é útil, de Ailton Krenak. Trata-se de uma interpretação de um sonho que um ancião teve de que o espírito dos bichos estava bravo, pois a floresta e os animais não estavam sendo tratados com respeito pelo homem branco. O próprio Krenak, tempos depois, visitou lugares da região Norte do Brasil, constatando tal devastação.
oliedro Resolve - Unicamp 1ª Fase - Questão 49 Matemática
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