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Texto para as questões 01 e 02
Pouco antes de eu completar quatro anos de idade, nasceu nossa irmã mais nova, para quem eu escolhera o nome de Maria Bethânia, por causa de uma bela valsa do compositor pernambucano Capiba. Naturalmente todos achavam graça no fato de eu saber cantar canções de gente grande, e mais ainda na minha determinação de nomear minha irmãzinha segundo uma dessas canções. Mas ninguém se sentia com coragem de realmente pôr esse nome "tão pesado" num bebê. Como havia várias outras sugestões (iam de Cristina a Gislaine), meu pai resolveu escrever todos os nomes em pedacinhos de papel que, depois de dobrados, ele jogou na copa de meu pequeno chapéu de explorador e me deu para tirar na sorte. Saiu o da minha escolha. Meu pai então pôs um ar resignado (que era uma ordem para que todos também se resignassem) e disse: "Pronto. Agora tem que ser Maria Bethânia.". E saiu para registrar a recém-nascida com esse nome. Recentemente, ouvi de minhas irmãs mais velhas uma versão que diz que meu pai escrevera Maria Bethânia em todos os papéis. Não é de todo improvável. E, de fato, na expressão resignada de meu pai era visível – ainda hoje o é, na lembrança – um intrigante toque de humor. Mas, embora me encha de orgulho o pensamento de que meu pai possa ter trapaceado para me agradar, eu sempre preferi crer na autenticidade do sorteio: essa intervenção do acaso parece conferir mais realidade a tudo o que veio a se passar desde então, pois ela faz crescerem ao mesmo tempo as magias (que nos dão a impressão de se excluírem mutuamente) do presságio e da unicidade absolutamente gratuita de cada acontecimento.
Caetano Veloso, Verdade tropical. São Pauilo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado.
Caetano Veloso revela sua posição a respeito do fato narrado no fragmento Mas, embora me encha de orgulho o pensamento de que meu pai possa ter trapaceado para me agradar, eu sempre preferi crer na autenticidade do sorteio. Assinale a alternativa em que a paráfrase do excerto mantém o mesmo sentido do texto original.
Eu sempre preferi crer na autenticidade do sorteio e sempre tive orgulho do meu pai, mesmo sabendo que ele possa ter trapaceado no sorteio para me agradar.
Me enche de orgulho o pensamento de que meu pai trapaceou, mesmo que eu creia na autenticidade do sorteio para me agradar.
Eu sempre preferi crer na autenticidade do sorteio, mas, mesmo com o pensamento de que meu pai trapaceou para me agradar, tenho orgulho dele.
Uma vez acreditando na autenticidade do sorteio, penso que, para me agradar, meu pai pode ter trapaceado, o que me faz ter um pensamento cheio de orgulho.
Eu, contudo, sempre preferi crer na autenticidade do sorteio, ainda que me encha de orgulho o pensamento de que, a fim de me agradar, meu pai possa ter trapaceado.
A alternativa que contém uma paráfrase com o mesmo sentido do texto original é a letra E. A oração coordenada adversativa “Mas eu sempre preferi crer na autenticidade do sorteio” foi reescrita ocorrendo apenas a troca da conjunção por outra equivalente: “Eu, contudo, sempre preferi crer na autenticidade do sorteio". A oração subordinada adverbial concessiva “embora me encha de orgulho o pensamento de que meu pai possa ter trapaceado” foi reescrita substituindo a conjunção “embora” por outra de mesmo valor: “ainda que”. Além disso, a oração “para me agradar” — que se classifica como adverbial final — foi reescrita substituindo a preposição “para” pela locução prepositiva “a fim de”, que mantém o valor semântico de finalidade.
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