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A jornada das mulheres pela igualdade de direitos no Brasil, como em outras partes do mundo, sempre envolveu lutas sociais, políticas e jurídicas, com marcos importantes como a Lei Geral de 1827, que permitiu o acesso das mulheres à educação, e a Constituição de 1934, que garantiu o direito ao voto feminino. A partir da década de 1960, houve avanços significativos, como o Estatuto da Mulher Casada (1962), que eliminou a necessidade de receber autorização do marido para diversas atividades, e, na década de 1970, a Lei do Divórcio (1977) e o fortalecimento dos movimentos feministas. As obras Caminho de pedras, de Rachel de Queiroz, e As meninas, de Lygia Fagundes Telles, discutem questões relativas aos direitos das mulheres e sua relação com a política ao longo do século XX no Brasil. Sobre esses romances, é correto afirmar:
Em Caminho de pedras, Rachel de Queiroz relaciona a luta pelos direitos da mulher à legalização do divórcio no Brasil, enquanto As meninas constitui um libelo pela educação feminina no período final da Era Vargas.
As personagens Angelita, de Caminho de pedras, e Ana Clara, de As meninas, impactam a vida dos protagonistas de seus romances e representam a transformação da condição social das mulheres ao romperem com a configuração familiar tradicional.
Em Caminho de pedras e em As meninas, a política (militância de esquerda) e a religião (internato de freiras) são instituições que, em vez de contribuírem para a revisão de valores morais e para a emancipação feminina, aprofundam os mecanismos de controle social sobre as mulheres.
Tanto Caminho de pedras quanto As meninas relacionam o exercício da política coletiva (militância de esquerda, luta contra a ditadura militar) à política exercida em nível da vida privada e do cotidiano, por meio da trajetória de personagens femininas que desafiam padrões sociais estabelecidos.
Tanto Caminho de pedras quanto As meninas exercem uma crítica à chamada “mulher burguesa”. O romance de Rachel de Queiroz narra os desdobramentos do desejo de ascensão social de Noemi, enquanto o de Lygia Fagundes Telles detalha o apego de Lorena à instituição do casamento.
Nas figuras de Noemi (Caminho de pedras) e Lia (As meninas), as duas obras mostram que a luta política não se limita às atividades de militância coletiva (no Partido Comunista ou nos grupos de luta armada); ela também acontece na vida privada e nas atitudes cotidianas das personagens, que buscam superar os papéis femininos convencionais adotando uma postura corajosa e desafiadora.
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