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Uruku
Urucum
Rocou
(Bixa orellana)
Moju, dono da água, não gosta do cheiro de urucum. Mani'ojarã, dono do mandioca, e os donos das outras plantas cultivadas também não. Eles não suportam. Por isso, os Wajãpi se untam de urucum, deixam o rosto vermelho e se perfumam com seu aroma agradável. Além disso, os seres agressores, os jarã (donos) e os espíritos terrestres, gostam do cheiro dos fluidos humanos, do sangue, do suor. Então, o urucum os dissimula, protegendo as pessoas que vão caçar, caminhar pela floresta, que estão sendo perturbadas por espíritos em sonhos ou que estão em resguardo, como os doentes. O seu uso é tão cotidiano que os Wajãpi o plantam na aldeia, para ter sempre pertinho. Como o urucum não tem jarã, não tem problema nenhum em arrancar e usar para pintar.
STRAPPAZZON, A. I.; SIGOLO, R. P. Jardins da história: medicinas indígenas. Recife: ObservaPICS, 2022.
Esse verbete contribui para a preservação do patrimônio linguístico nacional, pois apresenta uma
explicação de um rito medicinal do povo Wajãpi.
definição de um termo na perspectiva ancestral indígena.
relação de equivalência entre vocábulos de diferentes línguas indígenas.
atualização de saberes tradicionais dos povos indígenas brasileiros.
descrição das propriedades científicas de plantas silvestres.
O texto explica o uso e o significado do urucum para o povo Wajãpi, mostrando como essa planta tem função protetora e espiritual dentro de sua cultura. Desse modo, o verbete define o termo “urucum” a partir da cosmovisão indígena, ou seja, de uma perspectiva ancestral e cultural, e não de uma abordagem científica ou puramente linguística. Ao fazer isso, ele contribui para a preservação do patrimônio linguístico nacional, pois valoriza não apenas a palavra em si – como propõe a alternativa C –, mas também os saberes, as práticas e os significados culturais carregados por ela, o que vai ao encontro da concepção de patrimônio linguístico, que envolve a língua como expressão viva da cultura.
A alternativa A não está correta, pois o rito medicinal não só não está bem focado na definição como também não contribui especificamente para a preservação do patrimônio linguístico em si. Já a alternativa D não está correta, porque não há uma atualização dos saberes, apenas uma explicação deles. Por fim, a alternativa E não pode ser considerada correta, uma vez que a descrição do verbete não é científica, mas sim pautada nas práticas e saberes tradicionais e na perspectiva cultural.
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