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Sem alternativas

Nossa forma de governo não entra em rivalidade com as instituições dos outros. Nosso governo não copia o de nossos vizinhos, mas é um exemplo para eles. É verdade que somos chamados de democracia, pois a administração está nas mãos de muitos e não de poucos. Mas, enquanto existe justiça igual para todos e igualmente em suas disputas privadas, a reivindicação de excelência também é reconhecida; e quando um cidadão é de alguma forma distinto, ele é preferido para o serviço público, não como uma questão de privilégio, mas como recompensa do mérito. Nem a pobreza é um obstáculo, pois um homem pode beneficiar seu país, seja qual for a obscuridade de sua condição. Não há exclusividade em nossa vida pública, e em nossos negócios privados não suspeitamos uns dos outros [...]. Enquanto estamos assim sem restrições em nossos negócios privados, um espírito de reverência permeia nossos atos públicos; somos impedidos de fazer o mal pelo respeito às autoridades e às leis, tendo uma consideração especial por aquelas que são ordenadas para a proteção dos prejudicados, bem como por aquelas leis não escritas.
Tucídides. Oração Fúnebre de Péricles. University of Minnesota. Human Rights Library. Richard Hoocker, 1996. Adaptado.
O excerto, que pretende reproduzir o discurso fúnebre de Péricles (século V a.C.) na Guerra do Peloponeso,
equipara os comportamentos privados às condutas públicas.
oferece uma visão crítica da democracia representativa.
reproduz a opinião da época sobre a política nas pólis gregas.
enaltece a democracia como marca da superioridade ateniense.
defende que todas as pessoas tenham igual acesso a cargos públicos.
O famoso discurso fúnebre de Péricles apresenta argumentos que qualificam o regime político de Atenas como superior quando comparado aos demais existentes no mundo grego da Antiguidade Clássica.
Pode-se notar esse posicionamento quando ele se refere à democracia ateniense não como um “exemplo para eles”, mas como um exemplo a ser seguido pelas demais cidades gregas.
O excerto deixa claro que os comportamentos privados e as condutas públicas não são equivalentes, afirmando que, para a condução dos assuntos da cidade, o mérito independe de características particulares, tais quais o posicionamento social ou econômico, invalidando a alternativa a.
Em nenhum momento, o excerto aponta para fragilidades ou limitações do sistema de governo ateniense, sendo, na verdade, um elogio ao modelo de democracia desenvolvido na pólis de Atenas, aspecto que invalida a alternativa b.
O excerto não reproduz a “opinião da época”, mas sim a visão da pólis de Atenas sobre o seu sistema político em comparação com as demais cidades gregas, tornando a alternativa c incorreta.
O trecho do discurso de Péricles remete à igualdade de direitos entre os cidadãos de Atenas (isonomia jurídica), não se referindo, portanto, à totalidade dos habitantes da pólis, mas somente aos que eram considerados cidadãos plenos, invalidando a alternativa e.
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