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O sineiro era um preto velho e doido. Não fazia mais que tocar o sino da capela, para a missa, aos domingos. O resto do tempo vivia calado ou resmungando. Ninguém lhe falava, embora fosse manso. [...] Com a razão, perdera a convivência dos mais. Vivia entregue aos pensamentos solitários, mergulhado na inconsciência e na solidão. A moça representava aos olhos dele alguma coisa mais do que uma simples criatura, era a sociedade humana, e uma sombra de sombra da consciência antiga.
(ASSIS, M. de. Casa Velha. Apresentação e notas de Paulo Franchetti. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, p. 85-86, 2023.)
No enredo de Casa Velha, é possível afirmar que a cena em que aparece a figura do sineiro cumpre o papel de
mostrar a solidariedade de classe desenvolvida por Lalau que, sendo uma agregada, identifica seus interesses com os do velho sineiro.
exibir o caráter caridoso de Dona Antônia, que mantém o escravizado sob seus cuidados mesmo após deixar de ser útil como trabalhador.
expor a Dona Antônia o sentimento existente entre Lalau e seu filho, enquanto ele observa a compaixão da moça pelo sineiro.
sugerir a complexidade da organização social característica da Casa Velha, na qual se via representada toda a sociedade humana.
“Casa velha”, de Machado de Assis, é uma representação da sociedade brasileira da época do período Regencial. Dona Antônia Quintanilha e o filho (Félix) representam a elite, já Cláudia (agregada) e o sineiro personificam as classes sociais mais pobres. O autor demonstra que a elite, não interessa o sistema político, está sempre no poder.
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