Dissertativa 2 - 2ª Fase - Dia 2 - IME 2026

Gabarito

  • Questão ativa

  • Já visualizadas

  • Não visualizadas

  • Resolução pendente

  • ANL

    Questão anulada

  • S/A

    Sem alternativas

Questão 2

Dissertativa
2

Um sistema planetário muito distante é composto por dois planetas A e B que executam ambos órbitas circulares em torno da estrela S. Um cometa C estava em rota de colisão frontal com A. Depois da colisão, foi possível observar que o choque foi perfeitamente inelástico e quando os corpos se moviam em sentido contrário, gerando assim o novo planeta, chamado CA, agora com órbita elíptica em torno de S.

Dados:

  • tempo de órbita completa de A em torno de S (antes da colisão): 160 dias de A;
  • 1 dia de A (antes da colisão): 4 dias terrestres;
  • tempo de órbita completa de B em torno de S: 90 dias de B;
  • 1 dia de B: 3 dias terrestres;
  • para um corpo fixo na superfície de CA, imediatamente após o choque, a força de gravidade provocada por S é 0,081% da força de gravidade provocada por CA;
  • para um corpo fixo na superfície de B, a força de gravidade provocada por S é 2,048% da força de gravidade provocada por B;
  • dimensões de CA (depois da colisão) = dimensões de A (antes da colisão) = dimensões de B;
  • a energia mecânica (cinética mais potencial gravitacional) de CA (após a colisão) é 7 vezes a energia mecânica de B, sendo ambas negativas.

Observações:

  • despreze o efeito gravitacional da aproximação do cometa C nas trajetórias dos planetas A e B;
  • despreze a interação gravitacional entre os planetas A e B;
  • o potencial gravitacional no infinito é nulo;
  • os raios de A e B são muito menores que os raios de suas órbitas.

Considerando o cenário descrito, determine:

a) a razão entre os raios das órbitas de A e B;

b) a razão entre as velocidades das órbitas de A e B;

c) a razão entre as massas de B e CA;

d) a razão entre a velocidade de órbita de B e a velocidade de CA imediatamente após o choque;

e) se, imediatamente após o choque, CA estará em apoastro (ponto da órbita mais afastado de S) ou em periastro (ponto da órbita mais próximo de S), justificando a sua resposta.

Resolução:

a) Da 3ª Lei de Kepler:

TA2RA3=TB2RB3160·490·32=RARB3RARB=169

b) Em uma órbita circular de raio r em torno da estrela M, a velocidade vale GMr. Assim:

vA=GMRAvB=GMRBvAvB=RBRA=916vAvB=34

c) Força provocada por S: GMmRB2

Força provocada por B: GmBmd2

Logo: GMmRB2=2,048%GmBmd2 (I)

Analogamente, analisando-se o planeta CA:  GMmRA2=0,081%GmCAmd2 (II)

Fazendo (I)÷(II):  RA2RB2=2048mB81mCA2834=211·mB34·mCAmBmCA=18

d) Do enunciado:

7mBvB22-GMmBRB=mCAvCA22-GMmCARA

Utilizando-se de vB2=GMRBvA2=GMRA:

7mBvB22-vB2=mCAvCA22-vA2-7mB·vB2mCA·2=vCA22-vA2

Dos resultados dos itens b) e c):

-7·18·vB22=vCA22-9vB216-7vB2=8vCA2-9vB22vB2=8vCA2vBvCA=2

e)

Solução 1:

Durante a colisão, a distância a S permanece igual a RA.

Do movimento de A:  vA2=GMRA

Seja a o semieixo maior da órbita de CA. Pela equação de vis-viva:

vCA2=GM2RA-1a

Mas, das respostas dos itens b) e d), sabe-se que vA>vCA, logo:

GMRA>GM2RA-1aGMa>GMRAa<RA

Se a colisão ocorre em um extremo da órbita, ou RA=a+c, ou RA=a-c.

Mas, se a<RA, então necessariamente RA=a+c.

Portanto, CA está no apoastro da órbita.

Solução 2:

Dos itens b) e d), tem-se vA=0,75 vB e vCA=0,5 vB.

Adotando-se o referencial girante, pode-se argumentar que a atração gravitacional feita por S é exatamente o necessário para contrabalancear uma centrífuga de magnitude m0,75vB2RA.

No entanto, esse valor ultrapassa o necessário para contrabalancear uma centrífuga de m0,5vB2RA

Essa diferença força uma aproximação relativa entre CA e S. Se CA está em um extremo da órbita, mas ainda irá se aproximar mais de sua estrela central, então CA só pode estar no apoastro.

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