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Texto 1
Segundo o próprio Aristóteles, “nosso objetivo é tornar-nos homens bons, ou alcançar o grau mais elevado do bem humano. Este bem é a felicidade; e a felicidade consiste na atividade da alma de acordo com a virtude” (Ética a Nicômaco, I). Uma das principais contribuições da ética aristotélica é sua famosa tese, segundo a qual a virtude está no meio.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 2010. Adaptado.)
Texto 2
A excelência moral, então, é uma disposição da alma relacionada com a escolha de ações e emoções, disposição esta consistente num meio termo (o meio termo relativo a nós) determinado pela razão (a razão graças à qual um homem dotado de discernimento o determinaria). Trata-se de um estado intermediário, porque nas várias formas de deficiência moral há falta ou excesso do que é conveniente tanto nas emoções quanto nas ações, enquanto a excelência moral encontra e prefere o meio termo.
(Aristóteles. Ética a Nicômacos, 1985.)
a) Como é denominada a ética desenvolvida por Aristóteles? Qual é o objetivo dessa ética?
b) Com base no texto 2, explique a noção aristotélica de justo meio. Como o indivíduo pode usar essa noção na avaliação de sua própria conduta moral?
a. A ética desenvolvida por Aristóteles é denominada ética das virtudes. Seu objetivo é alcançar o bem humano supremo, definido como a felicidade (eudaimonia), que consiste na atividade da alma conforme a virtude, alcançando um estado de excelência moral por meio do equilíbrio entre excessos e faltas, o chamado meio termo.
b. A noção aristotélica de justo meio, apresentada no texto 2, refere-se ao estado intermediário entre o excesso e a falta nas ações e nas emoções, determinado pela razão. Esse meio termo é relativo a cada indivíduo e deve ser encontrado por meio do discernimento, considerando as circunstâncias específicas.
O indivíduo pode usar essa noção na avaliação de sua conduta moral ao refletir sobre suas escolhas, buscando evitar extremos e agir de acordo com a medida mais adequada para a situação, orientado pela razão e pela prática da virtude.
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