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Leia o trecho destacado do conto “Tempo de camisolinha”, de Mário de Andrade, e, em seguida, assinale a alternativa incorreta.
“Estavam uns pescadores ali mesmo na esquina, conversando, e me meti no meio deles, sempre era uma proteção. E todos eles eram casados, tinham filhos, não se amolavam proletariamente com os filhos, mas proletariamente davam muita importância pra o filhinho de ‘seu dotô’ meu pai, que nem era doutor, graças a Deus.” (p. 106).
os pescadores “não se amolavam proletariamente” com os próprios filhos porque a sua obrigação proletária era apenas garantir o sustento das próprias famílias.
o uso de “seu dotô” é justificado para expressar a fala supostamente informal dos pescadores para atribuir prestígio ao pai do narrador.
o trecho destacado sugere uma posição específica do narrador, distante tanto dos “proletários” quanto dos “doutores” retratados.
os pescadores davam muita importância ao “filho do dotô” porque o consideravam mais vulnerável do que os seus próprios filhos.
não há, no uso da expressão “seu dotô”, nenhuma menção à diferença de classes sociais.
O fato de o narrador adulto se ater ao episódio em que foi denominado filho de “seu dotô” atesta a dicotomia presente nesse conto, como também em outros, do pobre versus rico, ou mesmo do opressor versus oprimido, o que comprova a presença do tema da diferença de classes sociais.
Mesmo não sendo o pai do narrador “doutor”, recebia tal tratamento pelas pessoas simples, não ilustradas. O traje usado, o poder aquisitivo e o domínio cultural caracterizam a disparidade entre seu pai e os pescadores.
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