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Leia os quatro textos abaixo e, servindo-se do que eles sugerem, escreva uma dissertação em prosa, de aproximadamente 25 (vinte e cinco) linhas, sobre “o comportamento do povo brasileiro” em situações críticas.
1
Todos os brasileiros deveriam mudar para outro país.
TODOS OS BRASILEIROS TÊM ESSA
OPORTUNIDADE DE MUDAR PARA UM PAÍS MELHOR.
UMA TERRA GRANDE E GENEROSA, COM
SOLO FÉRTIL, ÁGUA EM ABUNDÂNCIA,
RECURSOS NATURAIS PRATICAMENTE INESGOTÁVEIS.
E PARA FAZER ESSA MUDANÇA SÓ
PRECISAMOS DE DUAS COISAS: TRABALHO E HONESTIDADE.
O PAÍS NÓS JÁ TEMOS.
O BRASIL VAI MUDAR QUANDO O BRASILEIRO MUDAR.
(O Estado de S. Paulo, 16/7/89.) MPM Sebastião Teixeira, redator Luís Saidenberg, diretor de arte.
2
cem anos de eletricidade
Que tipo de iluminação teriam as ruas das cidades no início do século? Lâmpadas de 32 velas, distantes 40 metros entre si, foram festejadas com fogos de artifício e banda de música quando se acenderam pela primeira vez. O número de lâmpadas nas ruas, sua potência e o uso doméstico, comercial e industrial da eletricidade cresceram exponencialmente com o passar dos anos. Hoje a energia elétrica está incorporada ao nosso cotidiano e só nos damos conta do seu benefício quando ela nos falta.
(FERRARI, Sueli Martini – “As usinas de Monte Serrat e Quilombo.”
Memória – Eletropaulo, no 24. Depto. de Patrimônio Histórico. São Paulo, 1997, p. 74)
3

Fradim, n° 34 p.18, julho/1978.
4
Estamos hoje a 26 de setembro e não há no céu o menor sinal de chuva. Os gazogenios passam nas ruas – esses agentes retardadores da chuva. A seca outrora desconhecida de S. Paulo começa a mostrar o que é. Irá se acentuando, porque o petróleo não sai e o gazogenio continuará. Mais e mais matas irão sendo abatidas para que haja o mínimo de transporte de que dispomos. As secas se amiudarão, cada vez mais prolongadas. A vestimenta vegetal da terra irá reduzindo, como se reduziu no Nordeste. E um dia teremos nestas plagas sulamericanas o mais belo produto da brasilidade: um novo deserto de Gobi, criado pela imprevidência e estupidez dos homens.
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E no entanto ha remedios!... Basta que saiamos do caminho da mentira côr-de-rosa e
tenhamos a bela coragem de encarar de frente as realidades. Até aqui toda a nossa política tem sido dar combate a meros efeitos, deixando as causas em paz – e nem sequer atinamos com as verdadeiras causas desses desastrosos efeitos. Mas se mudassemos de atitude? Se em vez de imbecilmente persistirmos no ataque a efeitos indagassemos das causas profundas e as removessemos?
(LOBATO, Monteiro – “Prefácio de ‘Diretrizes para uma política rural e econômica, de Paulo Pinto de Carvalho”, in Prefácios e entrevistas. São Paulo: Brasiliense, 1964, p. 57-9.) (A ortografia original foi mantida.)
O tema da dissertação deste ano (“O comportamento do povo brasileiro em situações críticas”) trouxe quatro textos de apoio (coletânea), entre os quais um cartum do Henfil. Privilegiou o vestibulando bem informado sobre acontecimentos dos últimos anos e sucessivas situações críticas do país.
Os textos 1 e 3 apontam para uma saída que também signifique mudanças quanto ao comportamento cidadão do brasileiro comum: “O Brasil vai mudar quando o brasileiro mudar” ou “mas ... somos nós!”. O vestibulando poderia aqui direcionar-se para uma redação de caráter mais reflexivo, tangenciando, como sugere o texto 1, o trabalho e a honestidade como saída para a crise. Poderia, ainda, optar por discursar sobre a fala da Graúna: “To vendo a esperança!” (e a esperança somos nós...)
Os textos 2 e 4 sugerem, de imediato, que seja discutida a atual crise energética e vale mencionar que, no fragmento de Lobato, a passagem final era, entre todas, de uma contundência feroz: “Se em vez de imbecilmente persistirmos no ataque a efeitos indagássemos das causas profundas e as removêssemos?” Vale salientar que o vestibular do ITA ressaltou, mais uma vez, o questionamento da cidadania reflexiva, consciente e produtiva.
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