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Entre várias obras que devem formar este precioso presente que ofereço aos meus concidadãos, dei o primeiro lugar ao Contrato Social, escrito pelo cidadão de Genebra, Jean-Jacques Rousseau. Este homem imortal, que obteve a admiração de seu século e será o assombro de todas as idades, [... ensinou que] os povos aprenderam a procurar no pacto social a raiz e a única origem da obediência, não reconhecendo os seus chefes como emissários da divindade, enquanto não mostrassem as patentes do céu na qual eram destinados a imperar sobre seus semelhantes. [...] Como o autor teve a desgraça de delirar em matérias religiosas, suprimo o capítulo e as passagens principais onde delas tratou.
(MORENO, M. Prólogo de O Contrato Social ou Princípios do direito político, de Jean-Jacques Rousseau, Buenos Aires, 1810 apud MYERS, J. A revolução de independência no Rio da Prata e as origens da nacionalidade argentina (1806-825) In: PAMPLONA, M; MÄDER, M. (org.). Revoluções de independências e nacionalismos nas Américas: região do Prata e Chile. São Paulo: Paz e Terra, p. 107 e 109, 2007.)
Mariano Moreno, tradutor de Rousseau para o espanhol, foi secretário do primeiro governo da Argentina entre os anos 1810 e 1811. No texto acima, ele
critica a defesa que Rousseau faz da Igreja e dos governos absolutistas na obra O Contrato Social.
interfere na tradução e edição da obra de Rousseau conforme seus ideários políticos e ideológicos.
justifica a tradução da obra para difundir a ideia de obediência cívica ligada à religião católica e ao rei.
demonstra seu caráter conservador e a resistência ao pensamento liberal e iluminista na Argentina.
A questão aborda a tradução da obra O Contrato Social, de autoria de Jean Jacques Rousseau, realizada pelo intelectual argentino Mariano Moreno em 1810.
No contexto da publicação da tradução da obra, a Argentina encontrava-se em processo de ruptura com a corte espanhola, em que se formava a primeira junta de governo da Argentina.
Dessa forma, a tradução da obra, bem como a interferência em alguns trechos, como em “suprimo o capítulo e as passagens principais onde delas tratou”, pode ser interpretada como um encaminhamento ao uso das ideias e do pensamento de Rousseau acerca da liberdade e da sociedade.
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